O efeito "Tiririca"
Mais uma vez o tema reforma política voltou à cena, o que justifica a fama de ser um assunto recorrente após cada eleição. Se no passado houve o ´Efeito Enéas` - Professor Enéas -, do então Prona que, com seus mais de 4 milhões de votos conseguiu eleger outros candidatos de seu partido com poucos votos, a última eleição criou um novo ´efeito`: o ´Tiririca`.
Embalados pelas críticas à eleição do palhaço Tiririca, senadores e deputados decidiram criar suas respectivas comissões para elaborar uma proposta de reforma política. ´O que precisamos de há muito é uma reforma partidária e não de novas regras eleitorais`, reclama Carlos Melo, cientista político, doutor pela PUC-SP e professor de Sociologia e Política do Insper/SP.
Duas das principais propostas que circulam pelo Congresso preveem o fim das coligações partidárias e a simplificação dos pleitos: o mais votado ganha.
Em Pernambuco, por exemplo, se fossem considerados apenas os votos conseguidos por cada um dos candidatos à Câmara Federal, teríamos caras novas em Brasília.
Entre os eleitos em 3 de outubro dois nomes não estariam na lista: Anderson Ferreira (PR) e Paulo Rubem (PDT), substituídos por André de Paula (DEM) e Edgar Moury (PMDB). De Paula obteve 63.055 e seria o 21º na lista dos 25 eleitos pelo estado para a Câmara. Moury, por sua vez, seria o 24º com 56.845 sufrágios.
Hoje, seguindo a mesma lógica e levando em conta a opção de Maurício Rands (PT) e Danilo Cabral (PSB) de abrirem mão do mandato popular para servir administrativamente ao governo de Eduardo Campos, Anderson Ferreira e Paulo Rubem seriam acrescidos à lista de deputados eleitos por Pernambuco. Outra vez dois nomes não estariam em Brasília: Pastor Vilalba (PRB), que obteve 39.173 votos e ficou em 28º lugar, e Ninho (PSB), que foi o 29º na lista com 37.968 sufrágios.
SobrasUma outra opção que também ganhou força na comissões de reforma política é a extinção das coligações, porém sem desprezar os votos sufragados às legendas. Para isso, seria necessário o cálculo do quociente por partido para distribuir as vagas que não fossem alcançadas no mínimo de voto. Em Pernambuco, foram necessários 178.008 sufrágios para a eleição de um deputado federal e apenas cinco candidatos ultrapassaram esse número: Ana Arraes e o Pastor Eurico, pelo PSB, além de Eduardo da Fonte (PP), João Paulo (PT) e Inocêncio Oliveira, do PR.
Com o fim das coligações, os partidos menores não estariam representados na Câmara. Apenas sete siglas teriam assento em Brasília, contra as 11 atuais.
Além de Ana Arraes e o Pastor Eurico, o PSB teria mais oito parlamentares. Da Fonte teria companhia de Roberto Teixeira e mais um companheiro de partido. Inocêncio de Oliveira, do PR, teria a companhia de Anderson Ferreira.
Três legendas - PSB, PT e PP - lançaram menos candidatos do que vagas a que teriam direito. No caso do PSB, além de Ninho que conseguiu 37.968 votos, também Osinaldo Valdemar de Souza, que amealhou apenas 12.774 sufrágios estaria na Câmara Federal. O PP, que teria três cadeiras, lançou apenas dois candidatos.
Com exceção do PSB e do PP, os outros partidos lançaram candidatos suficientes para preencher as vagas. Maurício Rands que se licenciou, pela ordem dos mais votados seria substituído por Fernando Nascimento que obteve 13.473 votos.
Embalados pelas críticas à eleição do palhaço Tiririca, senadores e deputados decidiram criar suas respectivas comissões para elaborar uma proposta de reforma política. ´O que precisamos de há muito é uma reforma partidária e não de novas regras eleitorais`, reclama Carlos Melo, cientista político, doutor pela PUC-SP e professor de Sociologia e Política do Insper/SP.
Duas das principais propostas que circulam pelo Congresso preveem o fim das coligações partidárias e a simplificação dos pleitos: o mais votado ganha.
Em Pernambuco, por exemplo, se fossem considerados apenas os votos conseguidos por cada um dos candidatos à Câmara Federal, teríamos caras novas em Brasília.
Entre os eleitos em 3 de outubro dois nomes não estariam na lista: Anderson Ferreira (PR) e Paulo Rubem (PDT), substituídos por André de Paula (DEM) e Edgar Moury (PMDB). De Paula obteve 63.055 e seria o 21º na lista dos 25 eleitos pelo estado para a Câmara. Moury, por sua vez, seria o 24º com 56.845 sufrágios.
Hoje, seguindo a mesma lógica e levando em conta a opção de Maurício Rands (PT) e Danilo Cabral (PSB) de abrirem mão do mandato popular para servir administrativamente ao governo de Eduardo Campos, Anderson Ferreira e Paulo Rubem seriam acrescidos à lista de deputados eleitos por Pernambuco. Outra vez dois nomes não estariam em Brasília: Pastor Vilalba (PRB), que obteve 39.173 votos e ficou em 28º lugar, e Ninho (PSB), que foi o 29º na lista com 37.968 sufrágios.
SobrasUma outra opção que também ganhou força na comissões de reforma política é a extinção das coligações, porém sem desprezar os votos sufragados às legendas. Para isso, seria necessário o cálculo do quociente por partido para distribuir as vagas que não fossem alcançadas no mínimo de voto. Em Pernambuco, foram necessários 178.008 sufrágios para a eleição de um deputado federal e apenas cinco candidatos ultrapassaram esse número: Ana Arraes e o Pastor Eurico, pelo PSB, além de Eduardo da Fonte (PP), João Paulo (PT) e Inocêncio Oliveira, do PR.
Com o fim das coligações, os partidos menores não estariam representados na Câmara. Apenas sete siglas teriam assento em Brasília, contra as 11 atuais.
Além de Ana Arraes e o Pastor Eurico, o PSB teria mais oito parlamentares. Da Fonte teria companhia de Roberto Teixeira e mais um companheiro de partido. Inocêncio de Oliveira, do PR, teria a companhia de Anderson Ferreira.
Três legendas - PSB, PT e PP - lançaram menos candidatos do que vagas a que teriam direito. No caso do PSB, além de Ninho que conseguiu 37.968 votos, também Osinaldo Valdemar de Souza, que amealhou apenas 12.774 sufrágios estaria na Câmara Federal. O PP, que teria três cadeiras, lançou apenas dois candidatos.
Com exceção do PSB e do PP, os outros partidos lançaram candidatos suficientes para preencher as vagas. Maurício Rands que se licenciou, pela ordem dos mais votados seria substituído por Fernando Nascimento que obteve 13.473 votos.
Fonte: Diário de Pernambuco
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